Qual a Origem das Alianças? - Entenda melhor as Alianças
No dia a dia vemos vários casais utilizando alianças, porém você já se perguntou porque usamos alianças? O que significam as alianças? Ou quando começamos a usar alianças? Qual a origem das alianças? vamos responder essas perguntas e várias outras nessa matéria.
O que a Aliança é?
Um anel que simboliza a união entre duas pessoas, firmando nela um pacto de compromisso verdadeiro e sincero.
É através da aliança de compromisso que você mostra para a sociedade que está comprometido com outra pessoa (variando do tipo de compromisso específico quer seja casamento, noivado e etc).
Qual o significado da Aliança?
De acordo com algumas pesquisas, inicialmente, a aliança era tida como um significado de propriedade ou da compra de determinada mulher, que passara a ser noiva.
A partir do século IX, se a aplicou como um símbolo de fidelidade e de união entre os casais. Oficialmente, o anel se tornou símbolo de valor sentimental, além de simbolizar a fidelidade e união entre marido e mulher. Assim, por meio de um anel circular, começamos a representar o ciclo de um casal que se inicia e não se finda.
Mas, antes dessa oficialização, já havia pessoas que utilizavam esse anel como forma de compromisso romântico.
A Aliança: no Egito Antigo
Os primeiros registros do uso de alianças matrimoniais remontam à Antiguidade, em torno de 3.500 a.C. Tanto os egípcios quanto os hindus usavam anéis que identificavam a aliança entre duas pessoas. Temos conhecimento disso por meio de fósseis e escrituras arqueológicas.
Naquela época, esses anéis já eram feitos de materiais duráveis e raros. Até esse momento da história, não existia nenhuma definição quanto ao dedo a usar, quem escolhia era o casal.
As alianças também eram utilizadas com um significado sobrenatural: acreditava-se que ao utilizar as alianças, criariam um elo entre os envolvidos rumo ao amor eterno. Assim a crença se perpetuou, apropriando-se da formalização e o mito do amor eterno entre duas pessoas.
A Aliança: na Grécia Antiga
No ano 3 a.C, com a invasão do Egito e dominação por parte dos gregos, a cultura do uso de anéis para demonstrar amor e cumplicidade foi adquirida graças a Alexandre o Grande. Os gregos fizeram ainda algumas adições padronizando que o dedo a ser usado seria o terceiro da mão esquerda, já que tinha uma veia que levava diretamente ao coração.
Na Grécia antiga, as alianças de noivado e casamento ainda eram usadas como selos e símbolos de riquezas e bens . Alguns modelos, até mesmo serviam como chave para abrir cômodos ou cofres onde as poses do homem estavam armazenadas.
No dia do casamento, cópias destas chaves eram feitas e entregues à noiva – daí temos o costume do homem entregar um anel quando se firma um compromisso com a mulher. O anel não era entregue a ela na cerimônia, mas sim, quando a mulher era erguida frente à casa do casal.
O metal a ser usado tinha o costume de ser sempre o ferro imantado, de acordo com a crença isso faria com que o coração dos do casal estivesse sempre ligado e atraído um ao outro.
A Aliança: na Roma Antiga
Na Roma Antiga, o noivo presenteava sua futura noiva com um anel de ferro. Este gesto iniciou o costume de usar metais preciosos em nossas alianças de casamento (gesto esse que perdura até hoje). Assim como era no Egito Antigo, para os romanos o metal durável representava permanência e força.
Algumas evidências ainda nos levam a crer que os romanos foram os primeiros a gravar seus anéis de metal.
Os romanos (como os gregos) acreditavam que o quarto dedo da mão esquerda passava a vena amoris (Veia d’amore) que estava ligada ao coração diretamente. E por tal motivo, a aliança representava a união sagrada formada entre duas pessoas e portanto deveria ser usada neste dedo.
# Fato interessante – Apesar da tradição, a maioria dos casais europeus usa seus anéis na mão direita. Isso acontece porque a teoria diz que o anel ficará menos danificado devido à maioria das pessoas serem destras.
A Aliança: Judeus
Há ainda uma corrente de historiadores que dizem que os judeus já faziam uso das alianças como união matrimonial antes mesmo dos Cristãos tornarem-as parte da cerimônia de casamento.
No começo, a aliança também servia como espécie de certificado de propriedade. Em outras palavras, ela assinava a compra do noivo pela noiva escolhida.
O termo “Aliança”, Bérith em hebraico, possui o sentido de compromisso. Dentro dos costumes, o anel passa a ser usado no dedo indicador, prevalecendo o sentido de unir e, também, isolar.
A Aliança: Cristãos
Como falamos acima, a partir do século IX, os cristãos passaram a adotar a aliança como símbolo de união e de felicidade eterna entre os casais.
Na Inglaterra, alguns documentos mais antigos têm registros sobre alianças de núpcias, feitas de ferro, de cobre, de prata, de bronze, de couro e junco.
Foi em 860 d.C. quando o Papa Nicolau I, via decreto, afirmou que a aliança declarava e emitia para a sociedade a mensagem que Deus desejava cumplicidade, amor e fidelidade entre um casal. Depois disso, a cultura foi se incorporando e ganhando novas versões .
O Papa Inocente II declarou que deveria existir um período de espera que seria observado entre o período de pedido de casamento e a oficialização da cerimônias em si- com isso temos atualmente nossa aliança de noivado e, posteriormente, a aliança de casamento.
# Fato interessante: Depois da Guerra Civil Inglesa, os mais puritanos e radicais proibiram o uso das alianças. O anel era visto como uma joia e dessa forma era um objeto extremamente diabólico.
Até o século XIII não existia registro de uma aliança de noivado ou de namoro (aliança de compromisso).